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Curitiba/PR, Brazil
Ministra da Eucarístia,exerce o ministério da cura e libertação. Escritora, professora e atualmente exerce a função de técnica de enfermagem com zelo e amor ao próximo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ADVENTO: ESPERAR O QUE?



Estamos iniciando um novo tempo litúrgico na Igreja: o Advento. As verdadeiras origens históricas deste tempo são incertas e as notícias que nos chegaram são escassas. É o tempo de espera do Senhor; é um tempo de profunda reflexão das passagens bíblicas que falam da vinda do reino de Deus através do profeta Isaías, de João Batista e de Nossa Senhora. Na liturgia da Igreja há um tempo para tudo; o tempo do homem (kronós) deve se encontrar com o tempo de Deus (kairós). Costumam-se, em nossas Igrejas, simbolicamente acender as velas da coroa do advento; ela é composta de ramos verdes e quatro velas.
O verde representa toda a natureza à espera do Salvador.
As velas, em número de quatro, representam os quatro domingos do advento. Embora seja um curto tempo de preparação com quatro domingos, como vemos pelos textos litúrgicos e principalmente pela leitura quase cotidiana do profeta Isaías, é praticamente formado de dois períodos:
1. Do primeiro domingo até 16 de dezembro dá-se maior evidência ao aspecto escatológico e procura-se orientar as almas para a espera da vinda gloriosa de Cristo;
2. Do dia 17 de dezembro ao dia 24, tanto na missa quanto na liturgia das horas, todos os textos orientam-se mais diretamente à preparação do natal.
As três grandes figuras já aludidas neste período são: o profeta Isaías (nele se encontra um eco da grande esperança que confortou o povo eleito durante os séculos duros e decisivos da sua história); João Batista (último dos profetas e resume na sua pessoa e na sua palavra toda a história anterior; é sinal da intervenção de Deus em favor do seu povo) e Maria (a solenidade da Imaculada Conceição no dia 8 de dezembro refere-se a ela como o modelo da humanidade redimida, fruto mais excelso da vinda redentora de Cristo).
Estas três figuras querem nos ajudar a esperar o Salvador da humanidade. Em tempos de lançamento da “operação capitalista do natal” comercial, somos chamados a contemplar as leituras deste tempo forte da liturgia da Igreja. Não temos como fugir da lógica sutil e aterrorizadora do mercado.
O advento, com a sua mensagem de espera e de esperança diante da vinda do Senhor, deve formar comunidades cristãs e crentes individualmente que se proponham como sinais alternativos para uma sociedade em que as áreas do desespero parecem mais vastas do que as da fome e do subdesenvolvimento. Enquanto milhares e milhões de pessoas e até cristãos católicos, entram na frenética corrida por presentes e um consumo desumano, gerando um esvaziamento avassalador do mistério do Natal, nós, em nossas Igrejas, casas (novenas de Natal nas famílias, presépios, luzes reluzentes nas casas e outras iniciativas), somos chamados a levar a esperança; a esperar algo... Algo que seja realmente luz verdadeira. Esperar o que no tempo do advento? O que queremos e devemos esperar? Queremos realmente esperar o Salvador? Onde o colocaremos? Vivemos o advento vazio de nossas sociedades ou o advento verdadeiro do Senhor? Como podemos nos preparar bem sem cair na rotina desgastante?
"Somos chamados a esperar, esperando com esperança."



Frei André, OP
Vigário Paroquial – Santo Antônio (Boa Vista)

sábado, 27 de outubro de 2012

TODO MUNDO QUER IR PARA O CÉU...

...MAS NÃO JÁ! Foi isso que eu li uma vez no parachoque de um caminhão. Típica filosofia do “irmão da estrada”, que vai no coração e no pensamento de todo mundo. Ninguém, é claro, pois o desejo de vida é tão forte em todos, que até o moribundo tem certeza que vai sarar ainda e vai continuar firme por muitos e muitos anos.
Mas estamos chegando ao dia de finados, e temos de meditar um pouco nesse tema. É a única lei que atinge a todos, sem exceção, pois até Cristo, o Filho de Deus feito homem, quis a ela se submeter. E além de atingir a todos, iguala a todos, reis ou papas ou mendigos. Diante dela se esvai todo nosso orgulho e vaidade: “lembra-te que és pó e em pó hás de voltar.”
Mas nós temos fé, e temos certeza que a morte não tem mais a última palavra, desde quando Cristo a venceu com a sua Ressurreição. Antes de Cristo era ela que tinha essa última palavra, encerrava todos os argumentos, fechava todas as portas. Mas Cristo ressuscitou, venceu a morte com a vida. E nós, que fomos feitos membros de Seu Corpo Místico, participamos agora de Sua vida, que ultrapassou a barreira fatídica e mergulhou na eternidade do Pai. Nossa morte não será o fim, mas apenas uma passagem: de uma dimensão de vida – ligada ao tempo e ao espaço, amarrada pelas leis da matéria e da sensibilidade – para outra dimensão de vida – livre do tempo e do espaço, sem mais limites porque participante da infinitude e da eternidade do próprio Deus.
E por que então temos medo de morrer? Se estamos todos neste mundo como peregrinos a caminho da Casa do Pai, por que não temos pressa de chegar? Seria lógico esse desejo, não? E por que os santos almejavam ardentemente esse encontro, face a face, e quando a morte chegava, os encontrava sempre alegres e felizes?
Talvez a nossa fé seja muito pequena. Será que acreditamos de verdade na vida eterna, na ressurreição dos mortos? Por que choramos tanto, quando um ente querido vai para Deus? Não deveria ser assim. Os santos viveram uma autêntica experiência de Deus, e depois dessa experiência tudo o mais passa para um segundo plano. Só Deus conta. Todo amor deseja o encontro até a fusão das vidas; assim também o amor de Deus. E só a morte, que liberta da matéria e do sensível, permite o mergulho no Infinito.
Nós, por nossa culpa e negligência, estamos muito longe a experiência do Absoluto, do Transcendente, do Amor total. Amarrados pelas mesquinhas experiências desta vida e pelas mesquinhas satisfações que elas proporcionam, talvez pensamos encontrar nelas a nossa realização. Que ilusão! Um dia, bem mais cedo do que pensamos, a morte vem mostrar-nos quanto são falazes tais satisfações.
No dia em que nos convencermos que só em Deus encontraremos nossa felicidade total e completa, a plena realização de nosso ser, e que só encontraremos a Deus de fato se nos libertarmos de tudo o que se coloca como obstáculo entre nós e Ele – a matéria, Ele que é puro Espírito – aí não teremos mais medo de morrer!

Por Frei Estevão Nunes, OP

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Silêncio e Disponibilidade


Você já teve aquela impressão de que as coisas estão muito corridas? Que precisa parar um pouco e precisa colocar as coisas no lugar?
Quando isto acontece na nossa vida, precisamos parar e refixar o nosso olhar em Deus. A Igreja, na sua sabedoria, sabe que até os padres e pessoas consagradas precisam parar às vezes e por isso aconselha que, pelo menos uma vez por ano, devemos parar e fazer exercícios espirituais, com silêncio e disponibilidade que são atitudes fundamentais para bem rezar.
“Deus gosta do silêncio!”. Podemos nos espelhar na passagem de Elias na gruta, que viu passar um furacão, um terremoto e fogo, mas Deus não estava ali. Quando escutou o murmurinho de uma brisa suave, Elias cobriu o rosto, porque sabia que Deus estava presente, e aí começou a escutar a sua voz. (Cf. Rs 19). Assim também em nossa vida somos circundados por tanto barulho, tanto do lado de fora (rua, rádio, celular, TV, etc.) quando do lado de dentro (nossos pensamentos e preocupações). Muitas vezes ficamos distraídos com os “furacões”, os “terremotos da vida” e ficamos surdos à voz de Deus. Entrar no silêncio é um passo importante para nos colocarmos na presença de Deus.
A segunda atitude que Deus espera de nós é a disponibilidade, nisso Maria é o nosso grande modelo. Diante da Anunciação do Anjo Ela proclama: “Eis a Serva do Senhor, faça-se em mim, segundo a sua vontade!”. É comum quando vamos rezar termos segundas intenções. Queremos resolver um problema, pedir que algo aconteça pedir pela nossa saúde, etc. A verdadeira oração é desinteressada! Precisamos ser humildes diante do Senhor, Ele sabe o que precisamos, o que necessitamos ouvir. Por isso, a melhor coisa é estar disponível para aquilo que Deus quer falar, seja o que for.
A grande tentação da nossa vida e nos acomodarmos e não sentirmos mais a necessidade de conversão, de caminhar. Por isso, essas lições não podem ficar só naquilo que passou, precisamos viver no dia a dia!
Experimentando essas atitudes de oração: silêncio e disponibilidade, vamos estar cada vez mais vivendo na comunhão que vem de Deus.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A ressurreição dos mortos

O texto de 1Cor 15 é um texto muito particular dentro do Corpus Paulino. Ele trata deste tema delicado da vida no pós-morte. Na verdade, ele tenta não só responder a alguns cristãos de Corinto, mas também faz uma sutil e primitiva catequese escatológica, ou seja, sobre os fins últimos da vida na perspectiva cristã. Alguns cristãos desta cidade rejeitavam a ressurreição dos mortos (15,12). Os gregos a consideravam como concepção grosseira, ao passo que os judeus a tinha aos poucos pressentido. Paulo, para combater o erro dos coríntios, parte da afirmação fundamental da pregação evangélica – o mistério de Cristo morto e ressuscitado – que ele desenvolve enumerando as aparições do Ressuscitado. Este tema da ressurreição dos mortos é muito caro à fé cristã; é a base da fé no Cristo Ressuscitado.

Ao morrermos, para onde iremos? O que acontecerá com nossos corpos? E nossa alma? O que nos espera depois da vida? Estas interpelações e muitas outras acompanharam muitos cristãos ao longo da concretização lenta da reflexão cristã. Não há cultura nenhuma, não há religião alguma na qual não se tenta responder a esta pergunta inquietante. No mundo ocidental, várias respostas foram dadas ao mistério da vida após a morte. Em diálogo com a filosofia e as ciências contemporâneas, a teologia cristã reafirma a revelação bíblica fundamental sobre o destino final do ser humano: a ressurreição em corpo e alma, tal como manifestada no evento histórico-escatológico da ressurreição de Jesus. O ocidente é marcado por três posições e respostas marcantes em torno destas questões, dadas pelo materialismo, espiritismo e cristianismo. Diante da morte há muita tensão e angústia, contudo, o cristianismo sempre pregou que Deus não deixará desaparecer a pessoa humana no nada. Ele ressuscitará o ser humano na morte porque o ama e porque é um Deus que quer a vida. O artigo de fé “ressurreição dos mortos” é a fé no agir exclusivo de Deus; depois de uma única vida vivida aqui na terra, este Deus transforma tudo aquilo que é ser humano, numa nova forma de existência junto com ele. Deus transforma tudo aquilo que somos numa nova forma; à esta transformação, damos o nome de ressurreição (1Cor 15,35-38). Este processo de transformação por ser iniciativa exclusiva de Deus se dará na atemporalidade (eternidade) de Deus e não no espaço e no nosso tempo. Como seres humanos que somos, estamos no tempo e no espaço; tudo pensamos e projetamos segundo estas duas principais dimensões. Com a nossa morte estas duas dimensões param de existir. A fé cristã, desde o início, acreditou que após a morte entramos numa espécie de experiências existenciais (expressão de João Paulo II), chamadas tradicionalmente de juízo, purgatório, céu, juízo final e inferno. A ressurreição só é o ato inicial de toda uma nova maneira de existir. Ela começa pela experiência de uma plena ampliação de nossa consciência; ela implica a possibilidade de uma evolução atemporal, rumo a uma personalidade em completa sintonia com os parâmetros de Deus; e ela culmina na experiência eterna daquilo que é a completa e total realização de todas as nossas potencialidades numa vida em plenitude, junto com Deus e com todos os nossos irmãos e irmãs.
Escrito por Frei André Boccato, OP

sábado, 15 de setembro de 2012

Devoção a Nossa Senhora das Dores



DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DAS DORES

> Meditação das Dores de Nossa Senhora.

Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.
A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz.

As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores
Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.

Eis as promessas:
1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
Eis as Graças:
1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.
2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.

Oração à Nossa Senhora das Dores

Ó Mãe de Jesus e nossa mãe, Senhora das Dores, nós vos contemplamos pela fé, aos pés da cruz, tendo nos braços o corpo sem vida do vosso Filho. Uma espada de dor transpassou vossa alma como predissera o velho Simeão. Vós sois a Mãe das dores. E continuais a sofrer as dores do nosso povo, porque sois Mãe companheira, peregrina e solidária.
Recolhei em vossas mãos os anseios e as angústias do povo sofrido, sem paz, sem pão, sem teto, sem direito a viver dignamente. E com vossas graças, fortalecei aqueles que lutam por transformações em nossa sociedade.
Permanecei conosco e dai-nos o vosso auxílio, para que possamos converter as lutas em vitórias e as dores em alegrias.

Rogai por nós, ó Mãe, porque não sois apenas a Mãe das dores, mas também a Senhora de todas as graças. Amém!

sábado, 25 de agosto de 2012

Senhor, aumenta nossa fé!


«Aumenta a nossa fé» (Lc 17,5)

A palavra «fé» tem um duplo significado. Há, na verdade, um aspecto da fé que diz respeito aos dogmas e que consiste em concordar com uma dada verdade. Este aspecto da fé é proveitoso para a alma, segundo a palavra do Senhor: «Quem ouve a Minha palavra e crê n'Aquele que Me enviou tem a vida eterna» (Jo 5,24). [...]
Mas há um segundo aspecto da fé: é a fé que nos foi dada por Cristo como carisma, gratuitamente, como dom espiritual. «A um é dada, pela ação do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito» (1Co 12,8-9). Esta fé que nos é dada como graça pelo Espírito Santo não é pois apenas uma fé dogmática, mas tem também o poder de realizar coisas que ultrapassam as forças humanas. Quem possui essa fé dirá «a este monte: “Tira-te daí e lança-te ao mar” [...], assim acontecerá». Pois, quando alguém pronuncia esta palavra com fé «e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar» (Mc 11,23), recebe a graça da sua realização. É desta fé que foi dito: se tivésseis fé «como um grão de mostarda». Na verdade, o grão de mostarda é muito pequeno, mas tem em si uma energia fogosa; semente minúscula, desenvolve-se a ponto de estender os seus longos ramos e de até poder abrigar as aves do céu (cf Mt 13,32). Do mesmo modo, a fé realiza numa alma os maiores feitos, num piscar de olhos.
Quando está iluminada pela fé, a alma representa Deus diante de si e contempla-O tanto quanto possível. Abarca os limites do universo e, antes do fim dos tempos, já vê o julgamento e o cumprimento das promessas. Tu, portanto, possui essa fé que depende de Deus e que te leva a Ele; então receberás d'Ele essa fé que age para além das forças humanas.



domingo, 12 de agosto de 2012

Dia dos Pais

PAI, COMEÇA O COMEÇO!


Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia:
- "pai, começa o começo!".

O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos.

Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim.

Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança.

Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.

Hoje, minhas "tangerinas" são outras.

Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...

Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta.

O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado.

Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
"Pai, começa o começo!".
Ele não só "começará o começo", mas resolverá toda a situação para você.

Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso:
"Pai, começa o começo!".

sábado, 4 de agosto de 2012

Dia do Padre - 4 de agosto

João Maria Batista Vianney, padroeiro dos padres, nasceu em 08 de maio de 1786, de origem pobre e humilde. Desde a infância, manifestava uma forte inclinação à oração e um grande amor ao recolhimento.
Desde pequeno queria ser padre a todo custo, mas esbarrou em dois obstáculos: pobreza e sobretudo a escassa inteligência. Em 1813, com vinte anos, ele ingressou no seminário Santo Irineu, em Lyon.
No dia 13 de Agosto de 1815, ele foi ordenado padre, aos 29 anos de idade. No dia seguinte celebrou sua primeira Missa!
Em Janeiro de 1818 ele foi transferido para a paróquia da Aldeia de Ars-em-Dombes.
Ao chegar à cidadezinha ficou meio confuso, porque a neblina cobria as casas. O entendimento foi difícil e poucos vieram recepcioná-lo.
Ele viveu toda a sua vida dedicada a Deus. Ele repousava de 02 a 04 horas no máximo por noite. Quando acordava ia a Igreja, rezava diante do Sacrário e depois ia confessar seus paroquianos. Eram inúmeras as pessoas que vinham se confessar com ele. Ele passou a maior parte de sua vida no confessionário. Chegava a ficar 14 horas confessando os paroquianos. Como era grande o número de pessoas, ele dividiu em vários confessionários, um para mulheres outro para homens, outro para doentes, etc. Ele marcava os horários para cada um.
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars-em-Dombes para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia, mais de 80.000 por ano.
Aos 73 anos de idade, na terça-feira, 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebe a Unção dos Enfermos. Na quarta-feira, 03 de Agosto, assina seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à Paróquia. Às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir. Quando chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a cidade tinha crescido enormemente e multidões de peregrinos o acompanharam à última morada.
Seu corpo encontra-se exposto incorrupto num relicário, na Basílica construida em homenagem a Santa Filomena, atrás de sua paróquia. 
A Igreja, receara fazê-lo sacerdote, curvou-se à sua santidade. João Maria Vianney foi proclamado Venerável pelo papa Pio IX em 1872, beatificado pelo papa São Pio X em 1905, canonizado pelo papa Pio XI em 1925 e pelo mesmo foi declarado padroeiro de todos os párocos do mundo, em 1929. Esse é o Santo Cura d’Ars, cuja memória, celebramos no dia 4 de agosto.

Oração pelos Padres
Deus, nosso Pai, Senhor de todo o universo
Nós te louvamos e agradecemos pelos padres que nos deste,
e pela vida que, generosamente, entregam à tua Igreja
para que tua Palavra seja proclamada, anunciada e vivida
e o nome de Jesus seja conhecido e amado
em todos os cantos deste teu imenso mundo.
Louvor e glória, também te sejam dadas,

ainda mais pela Eucaristia, pois que, pelas mãos deles,
se faz presente o sacrifício e a ressurreição de nosso Salvador.
Que sejam abençoados todos os teus sacerdotes,

pela memória de teus gestos e de teus passos, Senhor,
pelo testemunho de discípulo e apóstolo, de missionário e servo.
Que sejam protegidos teus sacerdotes

das tentações do poder, do comodismo e do prazer,
pois que seguiram Jesus, pobre, casto e obediente,
e só a Ele ofertaram as primícias de seu coração.
Conserva-lhes a paixão e o entusiasmo de sua opção primeira,

pois o que para o mundo é rotina, contigo, Senhor,
é a fidelidade das manhãs dos novos tempos.
Fortalece neles o desejo de estudar, atualizar e aprender,

para que, abertos sempre ao teu Santo Espírito,
sirvam com prontidão, coragem, sabedoria e humildade.
Aumenta-lhes a paciência na pressa dos dias e na impaciência dos irmãos,

assim como a ternura com as crianças, os idosos e os doentes.
Que eles sejam sempre acolhedores e compreensivos,

pois também são pais e refletem a tua própria paternidade, Senhor.
Que como pais, sejam por nós amados, amparados e acolhidos.

E que sejam tão alegres, porque tão felizes e realizados,
que a todo instante te louvem e glorifiquem,
inspirando em muitos o desejo de abandonar as barcas e
seguir Jesus, teu Filho amado, razão maior de nosso viver.
Que assim seja, segundo a tua santa vontade.

sábado, 7 de julho de 2012

Homenagem a São Pedro e São Paulo Apóstolos


Em homenagem aos personagens que engrandecem a nossa fé e fortalecem o nosso propósito para uma vida melhor. Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais Lideres da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação como pelo seu ardor e zelo missionários. Pedro que tinha como primeiro nome Simão era natural da Betsaida, irmão do apóstolo Andre. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e deixando tudo seguiu ao mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor que lhe deu o nome de Pedro.
Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria à sua morte, por crucificação. O próprio Senhor o confirmou na fé, após a sua ressurreição, da qual o apóstolo foi testemunha, tornando-o intrépido pregador do Evangelho, através da decida do Espírito Santo de Deus no Dia de Pentecostes. E selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor Jesus Cristo. Escreveu duas epístolas e provavelmente foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.
Paulo, cujo o nome antes da conversão era Saulo, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada aos pés de Gamaliel, um dos grandes mestres da lei na época. Tornou-se zeloso fariseu a ponto de perseguir e aprisionar cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles. Converteu-se a fé cristã no caminho de Tarso, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o Ministério.
Tornou-se um grande missionário e doutrinador fundando muitas comunidades, de perseguidor, passou a ser perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação.
Escreveu treze epistolas e ficou conhecido como o "Apóstolos dos Gentios".
Frases de São Pedro e São Paulo apóstolos:
- Senhor a quem iremos nós! Tu tens as palavras da vida eterna e nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus. (João 6, 6-7).
- Tudo posso Naquele que me fortalece. (Filp. 4, 1-3)
- Eu vivo, mais já não sou Eu, É Cristo que vive em mim. (Galatas 2, 20)

São Pedro e São Paulo Apóstolo, rogai por nós!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Natividade de São João Batista, Solenidade

DESDE O VENTRE DE MINHA MÃE ELE TINHA NA MENTE O MEU NOME
Is 49,1-6 ; At 13,22-26; Lc 1,57-66

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Como sente o seu conceito diante dos homens? Você nasceu no seio de uma família, cresceu, conviveu com pessoas, aprendeu sobre a natureza, sobre as ciências humanas, estudou e trabalhou, formou família; coisas boas e ruins possivelmente tenham acontecido em sua vida. De um jeito ou de outro durante vida você foi acumulando conhecimentos.
Mas tudo isso nem sempre é suficiente para uma autoafirmação e não poucas vezes ficamos nos questionando: Quem sou eu? Serei para mim e também para outros luz ou treva? Tenho sido útil?
Isaias dá uma resposta maravilhosa: Você, meu irmão, é uma criatura que foi predestinada para nascer e viver em plenitude.
Já pensou quantos espermatozóides disputaram o óvulo de sua mãe, mas somente um conseguiu entrar e nascer? Já parou para pensar que entre milhões você foi o espermatozóide vencedor? Só aqui já existe motivo suficiente para sentir-se orgulhoso de si mesmo.
Mas algo mais importante ainda aconteceu: Deus já sabia que você seria a pessoa que nasceria. E no momento da concepção você ganhou de Deus uma alma. Antes de você nascer, portanto, Deus já o conhecia até pelo nome! “o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome”.
Você deve se considerar uma pessoa feliz mesmo que as adversidades da vida prejudiquem um pouco os seus sentimentos e suas caminhadas, afinal, foi privilegiado com o nascimento e por se tornar Filhos de Deus.
Por isso Deus conta com você chamado de servo através de quem Ele será glorificado, e com certeza ante suas possíveis fraquezas lembrará dos tempos perdidos mas também de que Deus é justo, acolhedor e recompensará aqueles que conhecem o caminho de volta.

Vejam meu irmão e minha irmã, o que aconteceu com João.
Deus se fez Jesus Cristo o Salvador.
E João, filho de Isabel e Zacarias, antecipou a missão de Jesus anunciando-o e pregando um batismo de conversão procurando não se expor a fim de deixar claro que ele, João, não era o Salvador, mas sim uma outra pessoa a quem não era merecedor nem mesmo de desamarrar as sandálias, referindo-se a Jesus.
Portanto, João também foi um dos que Deus conhecia pelo seu próprio nome, já antes de nascer.
Interessante entender que Isabel escolhera o nome de João para seu filho enquanto que outros queriam chama-lo pelo nome do pai. Isabel teima, insiste no nome que anunciou. Invocado Zacarias, temporariamente mudo, decide escrevendo numa tabuinha: “João é o seu nome”. De imediato Zacarias recupera a fala.

Irmãos e irmãs.
Somos todos contemplados pelo amor de Deus e pelo seu paternalismo divino, e igualmente Deus sabia que você nasceria e que desde antes da sua concepção era amado e querido por Ele. E Deus não muda o nosso direito à perfeição, à felicidade, à Salvação, mas deixa a nosso critério a escolha desse destino.
João foi escolhido por Deus, mas permitiu que Isabel testemunhasse o nome do filho, que as pessoas de seus convívios opinassem pelo de Zacarias, e Zacarias opta pelo nome de João. Algo de profundo em seu sentimento o fez assim decidir.
Firmeza na fé e leal conduta cristã é o que Jesus ensinou com o pensamento de Deus.
Na escolha do nome, da educação, da formação, da religiosidade, do caráter, da fé, mesmo que Deus tenha tido os seus propósitos a respeito de tudo isso e muito mais, com certeza nossos pais quando nos viram pela primeira vez, e nos também quando vimos os nossos filhos recém nascidos, pensamos: “O que virá a ser este menino?' É o tom da incerteza!
E de fato, se olharmos atentamente para os homens e mulheres de hoje e de todos os tempos, constataremos que apesar do desejo de Deus sempre ter sido o mesmo direcionado ao bem, os caminhos que trilhamos muitas vezes são distorcidos. Juventudes belas, formosas e exemplares conflitam com juventudes descrentes, entregues às drogas, à falta de respeito aos pais, à falta de fidelidade a Deus, o mesmo podendo se dizer de tantos adultos e famílias decadentes ...
Mas na lição de Jesus Cristo, os princípios divinos continuam os mesmos, as oportunidades para que se caminhe nos trilhos da justiça e do bem continuam, assim como mantidas estão as oportunidades para a reconciliação e retorno àquele mesmo tempo da simplicidade e santidade que nos foi dada por Deus.
O importante é não desistir. O maligno está por ai, vestido muitas vezes de santo o que nos leva a um cuidado redobrado nos nossos procedimentos e com as coisas de Deus, mantendo a fé na certeza de que Deus é misericordioso e sua mão sempre está sobre nós.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi Carlos Malucelli
Texto extraído do blog


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Parábolas: Semente lançada na Terra e a do Grão de Mostarda

Para refletir, compreender e viver bem o mistério do Reino de Deus, Jesus nos apresenta no evangelho, duas pequenas, mas profundas parábolas: a da semente lançada na terra e a do grão de mostarda.

As parábolas são histórias contadas por Jesus para ilustrar seu ensinamento. Por trás delas há a idéia de que o mistério do Reino de Deus e da pessoa de Jesus é tão novo que também ele não pode manifestar senão gradualmente, e de acordo com a receptividade diversa dos ouvintes. Elas exigem sempre reflexão e uma pequena dose de criticidade.

A primeira parábola (vv. 26-29) nos remete à imagem da pequena semente lançada na terra. Esta contém em si toda a potencialidade e vivacidade. É pequena, insignificante e desprezível por si só como todo elemento da natureza; vivemos num mundo da quantificação e do engrandecimento de tudo e todos; quem hoje em dia gasta tempo e energia para olhar uma semente e dela retirar lições profundas? Jesus faz isso com grande maestria no seu tempo e nos sugere que também olhemos para a pequenez do “movimento” que Ele mesmo está iniciando: o seu Reino. Este já existe e está imperceptível a todos (donos do poder político, religioso e econômico), pois nasce com uma grande discrição diante de nós. Esta semente na terra, ou seja, no coração das pessoas, faz aparecer as folhas, a espiga e os grãos que formam a espiga. Estas são as nossas boas obras que vão se tornando presentes de modo misterioso em comunhão com a presença do Reino de Deus. São Gregório Magno diz que a semente é o nosso bom desejo por Deus; as folhas são nossas boas ações; a espiga nossa intenção no bem, e, os grãos que formam a espiga a nossa capacidade de nos mantermos no bem que é a Palavra de Deus (In Exod., II, 3,5s.).

A segunda parábola (vv. 31-32) trata do grão de mostarda que por ser a menor de todas as sementes se torna numa árvore tão grande que até os pássaros do céu abrigam sob sua sombra. Assim é o Reino de Deus: pequenino e imperceptível no início, mas expansivo e abrangente à medida que cresce e encontra espaço na vida das pessoas.

Ambas as parábolas põem claramente em evidência a inadequação e a absoluta insignificância dos instrumentos humanos, que Deus usa para realizar seu reino. Há quem espere que a chegada deste Reino será de modo triunfalista, eficiente e até “bombástico”. Jesus rompe com esta idéia e nos mostra que o seu Reino já se faz presente nas pequenas ações e atitudes de cada discípulo e cristão que se deixa transformar pela força de sua Palavra. Estas duas pequenas parábolas nos faz pensar na Igreja, continuadora da ação evangélica, como também a todos nós, discípulos de Jesus; até que ponto somos tocados por esta bela mas exigente mensagem? O Reino já se faz presente com nossas atitudes evangélicas ou ainda estamos esperando este Reino por outros meios?

Escrito por Frei André, OP

sábado, 9 de junho de 2012

Mês de Junho

No mês de junho homenageamos um dos santos mais queridos da Igreja Católica: Santo Antonio. Dedicou-se com esmero ao estudo se tornando um dos maiores pregadores da Igreja, recebendo o título de Presbítero e Doutor.
Escreveu sermões para todas as festas do ano.

"O grande perigo do cristão é pregar e no praticar, crer, mas não viver de acordo com o que se crê" - Santo Antônio era poderoso em obras e em palavras.
É verdadeiramente extraordinária sua intercessão. O Responso de Santo Antonio é uma oração muito rezada para encontrar o que está perdido.


Responsório de Santo Antonio:
Se queres milagres, implora confiante de Antonio o favor: seu braço é tão forte, do erro e da morte, destrói o furor. Os mares acalma, a dor alivia em teu coração: depara o perdido, atende o pedido do moço e do ancião.
Afaste os perigos, dissipa as misérias e os males humanos; seus dons nos aponte, seus mimos nos contem os bons paduanos.
Ao Pai e ao Filho, ao Espírito Santo, Deus único bem, amor, honra e glória por todos os séculos. Amém.

Neste mês comemora-se também o dia dos namorados.
O que significa a palavra namorar? É uma palavra forte, profunda, belissíma e abençoada, tudo isso por ser o início de uma família. É um tempo no qual deve ser suficiente para se conhecerem através do diálogo, do amor e do respeito mútuo, é um tempo para se planejar com o objetivo de construir uma família sólida, cristã e feliz.
A situação financeira não deve ser uma desculpa para que o casamento seja relegado a segundo plano, pois a riqueza não é sinônimo de familia feliz e bem estruturada e nem a pobreza material é sinônimo de infelicidade. A verdadeira felicidade é quando eu descubro na pessoa amada a semelhança de Deus. É quando eu deixo o egoísmo de lado e me preocupo mais com a felicidade do meu conjuge do que a minha própria. O verdadeiro amor só está contido no coração de quem luta pela felicidade da pessoa amada, pois só se encontra realmente felicidade quando é capaz de fazer o outro sorrir e ser feliz.
Toda a sabedoria para um bom relacionamento está no segredo de você sempre se encontrar com a pessoa amada levando junto a Força, Unção e a Luz do Espírito Santo de Deus.
O namoro é o berço de uma futura família!

Oração especial para os namorados:
Deus Pai de Amor, derrame sobre nós, os namorados, toda a força, luz e sabedoria para bem vivermos o nosso relacionamento, que ele seja cada vez mais firme e sólido com a tua benção e unção.
Quero ser feliz fazendo feliz a pessoa que amo. Faça florescer e multiplicar o nosso amor, para que ele seja consumado através de um matrimônio feliz e harmonioso. Amém.
Feliz dia dos Namorados!

sábado, 2 de junho de 2012

Programa da Trezena de Santo Antonio 2012

Programação da Trezena de Santo Antonio 2012. Paróquia Santo Antonio da Boa Vista.
Av. Paraná, 1939, Boa Vista, Curitiba. Fone: 41 32576513
http://www.santopar.com.br/



Tema: Pai Nosso

Início

31-05 (quinta feira) Missa 19:30

Abertura com fogos. Hasteamento da bandeira de Santo Antonio.

Tema: Pai. Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da Terra. Benção da água. Filme de Santo Antonio no salão.

Praça da alimentação: Quentão, pastel, refrigerantes e bolos.

01 – 06 (sexta feira) Missa 19:30

Tema: O Filho Unigênito de Deus que se fez carne: Jesus Cristo. Benção dos terços.

Evento Cultural: apresentação do Ballet com o grupo A La Belle Dance (no salão paroquial)

Praça de alimentação: Quentão, pastel, refrigerantes e bolos.

02-06 (sábado) Missa 19:30

Tema: Nós, filhos de Deus Pai, irmãos de Jesus Cristo, comprados pelo seu sangue.

Benção dos idosos e enfermos.

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

03-06 (domingo) Missa 19:00

Tema: Pai Nosso. Não meu. Unidos em comunidade, pelo Espírito Santo.

Benção das Pastorais e movimentos.

Evento: Churrasco a partir das 12:00hs. Convites antecipados.

Coral da UFPR com maestro Alvaro Nadolny na igreja após a missa.

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

04-06 (segunda feira) Missa 19:30.

Tema: Que estais no céu. A Transcendência de Deus. Adoração.

Benção dos Casais.

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

05-06 (terça feira) Missa 19:30.

Tema: Santificado seja o Vosso nome. Santo, santo, santo!

Benção dos Pães.

Evento: Café de Santo Antonio das 16:00 as 18:00hs

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

06-06 (quarta feira) Missa 19:30.

Tema: Que Venha a Nós o Vosso reino. Procurai antes de tudo o reino de Deus.

Benção da Família.

Evento: Teatro das sombras “Alberto, o menino que queria voar”. (Esse espetáculo foi o único convidado para representar o Brasil no Festival Internacional de Teatro de Titeres em Cuba)

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

07-06 (quinta feira) Missa 19:30.

Tema: Seja feita a Vossa vontade.

Corpus Christi

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

08-06 (sexta feira) Missa 19:30.

Tema: Assim na Terra como no Céu. O céu (o seio de Deus) começa aqui.


Benção das Carteiras de Trabalho.

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

09-06 (sábado) Missa 19:30.

Tema: O Pão Nosso. Somos seres humanos, não anjos, responsáveis uns pelos outros.

Benção das chaves da casa.

Evento: Noite das sopas e vinhos. Convites antecipados.

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

10-06 (domingo) Missa 19:00.

Tema: De cada dia, dai-nos hoje. A Divina Providência. O futuro a Deus pertence.

Benção da saúde.

Evento: Quadrilha das crianças. De 15:00 as 16:00. Quadrilha dos jovens após a missa.

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

11-06 (segunda feira) Missa 19:30.

Tema: Perdoai as nossas ofensas, como nós vos perdoamos.

Benção: objetos de devoção.

Evento: Filme: As Aparições de Nossa Senhora.

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

12-06 (terça feira) Missa 19:30.

Tema: Não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

Benção dos Pães e dos namorados.

Evento: Coral do Boa Vista, sobre a regência de Alexandre Mousquer

Praça de alimentação: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

Venda do bolo de Santo Antonio, a partir das 8:00. Bazar de artesanato das voluntárias de Caridade.

13-06 (quarta feira) Missas: 07:00, 12:00, 16:00 e 19:30.

Benção dos Carros após a missa.

Praça de alimentação durante todo o dia: Quentão, pinhão, pastel, refrigerantes e bolos.

Venda do bolo de Santo Antonio, a partir das 8:00. Bazar de artesanato das voluntárias de Caridade.

Encerramento com fogos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pentecostes

O que é Pentecostes?

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de Graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas: por ser celebrada sete semanas depois da Festa da Páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome de Pentecostes.
No primeiro Pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a Comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo, todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas. (At. 2,14). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.
Hoje celebrar a Festa de Pentecostes para nós cristãos é algo mais sólido, profundo e que exige muita fé de nossa parte, pois Pentecostes para nós que formamos hoje a Igreja de Jesus Cristo, é receber o seu Envio.
Envio para anunciar a Boa Nova do Reino de Deus, com palavras e com testemunhos autênticos que possa arrastar multidões para Jesus Cristo.
Deus envia o seu Espírito Santo sobre nós, seus filhos, de forma diferente, como foi para os antigos cristãos: ruídos vindos do céu, vento forte e impetuoso e chamas de fogo.
Hoje recebemos o Espírito Santo de Deus em nossa vida, quando somos portadores da Paz, do Amor e da Misericórdia de Jesus Cristo.
O Espírito Santo é silêncio e amor, leva paz e harmonia na vida das pessoas, Luz onde existem trevas.
O Espírito Santo de Deus virá sobre nós cada vez que o chamarmos e o invocarmos, por isso a Festa de Pentecostes é muito importante para nos lembrarmos da Presença, Viva e amorosa que nos conduz e nos orienta.

Oração ao Divino Espírito Santo

Senhor Jesus Cristo, renova em nossos dias Teus milagres, para que possamos ver a força de Tua Misericórdia. Que a ação do Teu Espírito Santo, que modelou os Teus discípulos a Tua Igreja, seja a mesma hoje e sempre.
Renove em nossos dias o vigor de Pentecostes. Abre os nossos corações para sentir a Tua Presença.
Abre a nossa mente para compreender a Tua Palavra.
Inunda a nossa alma com a ação do Teu Espírito.
Que vejamos Teus milagres, curas, libertações e conversões em nosso meio. Que a nossa comunidade, família e amigos sejamos testemunhas vivas de Tua Palavra. Que Pentecostes seja para nós, um novo começo de unidade entre todos aqueles que proclamam Teu Nome.
Que a intercessão de Nossa Mãe, presente naquele Santo e Extraordinário Cenáculo, faça-nos  vivenciar um novo Pentecostes. Amém.

sábado, 12 de maio de 2012

13 de maio - Dia das Mães

13 de maio! Dia de Nossa Senhora de Fátima, que Ela rogue e interceda por todas as mães do mundo inteiro, pois hoje também comemoramos o Dia das Mães: mães vivas e falecidas, a elas todo o nosso amor, carinho e gratidão.
Primeiro nossa homenagem a Mãe do Céu, pois é Ela que olha e intercede pelas mães da Terra. Temos por ela uma imensa gratidão pelo seu Sim, que ecoou até os dias de hoje em nossa cristandade, nos chamando a atenção para seguir o seu exemplo: de humildade, de obediência e de prontidão ao servir.
Você já parou para pensar porque Isabel saudou Maria com tanto entusiasmo! É que o Espírito Santo de Deus lhe abriu a mente para captar, perceber e entender o mistério que Maria escondia, mistério que a faz efetivamente a mais bendita entre todas as mulheres da Terra.
Sabe por quê? Porque Deus assim o quis. Quis elegê-la e presenteá-la com o dom maravilhosamente divino de carregar em seu ventre, Jesus, o filho de Deus. Por um momento na História Maria é o centro do desígnio de Deus. Por ela passam e se cruzam todos os caminhos, com efeito, nela se encontram as duas pessoas divinas que foram enviadas por Deus Pai: o Filho e o Espírito Santo. Este desce sobre ela e arma sua tenda, morando definitivamente em seu coração. Maria empresta a sua carne, o seu corpo para Deus, o Espírito Santo vai gestando a Santa Humanidade de Deus para a Igreja e para nós homens.
O próprio Deus quando na cruz a colocou como colaboradora intima da obra salvadora por Ele vivificada na cruz, pois Ela sempre vivia em união com seu filho, acompanhando-o passo a passo, associando-se a Ele, amando sempre aqueles que Ele amava. Em Jo 2,5 está explicitado todo o serviço que Maria presta aos homens e que consiste em abri-los ao Evangelho de Cristo e convidá-los a obedecer-lhe: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.

Maria é o ponto de união entre o céu e a terra.


Oração

Ó querida Mãe de Deus, nossa Mãe, Mãe da Igreja e de toda a Humanidade, nós vos saudamos por zelar e orar por nós com todo carinho.
Em Ti, depois de Jesus, depositamos todo o nosso amor e esperança. Aumente e fortaleça nossa fé, para que possamos imitar os vossos gestos de nobreza e de silêncio, quando agoniastes com Jesus ao pé de sua cruz. Ajudai-nos querida Mãe, a ser forte e destemido diante das provações.

Amém!

sábado, 28 de abril de 2012

Conversão no dia a dia

Nesta semana a liturgia nos lembra nos Atos dos Apóstolos (9, 1-20) a conversão de Paulo Apóstolo. São Paulo ou Saulo como você queira chamá-lo, pois esse era o seu antigo nome, antes de sua conversão. Jesus passou a chamá-lo de Paulo, para nos mostrar que somos pessoas novas depois da nossa conversão.
Continuando nossa reflexão com textos contidos em meu Livro Sal da Terra e Luz do Mundo conhecer um pouco mais da vida desse grande homem e de sua dedicação a Deus e como sua conversão pode ajudar a nossa. Lendo o cap. 9 no livro Ato dos Apóstolos você pode conhecer e refletir como se procedeu a conversão de Paulo e depois dessa narrativa, o grande zelo e apostolado de Paulo.
Quando temos amor, zelo e dedicação em nosso coração, em nossa vida, temos o fermento de Cristo em nossa almas, isto é ser sal da terra e luz do mundo.
Você pode estar pensando neste momento: conversão é para quem não vai à igreja, para quem rouba, mata, trai... Muitas vezes deturpamos o sentido da palavra conversão, não sabemos o seu significado, pois Jesus quer a nossa conversão diária e ela é para nós que estamos dentro e fora da igreja.
Se imagine em uma estrada dentro de um carro, e logo na frente você depara com uma placa que te orienta uma conversão, Isto é, você deve mudar de direção, pois se teimar seguindo em frente vai cair num buraco. Então, quando a sinalização pede uma conversão você obedece, assim é prudente. Assim também acontece na nossa vida espiritual, quando sentimos que devemos mudar, porque alguma coisa não vai bem, já é a mão de Deus querendo nos mudar, nos moldar, nos converter. É isso ai!
Então conversão não é apenas para aquela pessoa que achamos que é totalmente “má”, pois ninguém é totalmente bom que não há nada mais de bom que possa acrescentar na sua vida, na sua personalidade.
É por isso que eu peço e rogo todos os dias a Deus pela conversão dos pecadores, da minha família e rogo a Deus especialmente pela minha própria conversão. Qual é a sua meta? Como você vive exatamente hoje, neste momento como é a sua vida, como está ela hoje, o que você gostaria de mudar, o que não vai bem.
A vida de Saulo ou Paulo não ia muito bem, isto é, para ele a sua vida ia bem demais. Ele era fiel e zeloso na sua perseguição aos cristãos e levava à morte muitos que confessavam a doutrina de Jesus Cristo, através dos apóstolos.
Foi necessário radicalmente a intervenção de Deus. É isso que aconteceu com Saulo, como ele estava obstinado e cego, Jesus usou a linguagem que ele entendeu.
O importante não é o fato de fazê-lo cair de seu cavalo, mas sim o resultado que causou este acontecimento, que foi o arrependimento, conversão e transformação de vida, que de perseguidor, passou a evangelizador zeloso da Igreja de Jesus Cristo.
Jesus o cegou com uma enorme luz do céu, do seu poder, da sua majestade e da sua glória. Jesus deixou-o cego fisicamente para incapacitá-lo de andar sozinho, pois cego espiritualmente já estava há muitos anos.
Muitas vezes fala duramente conosco, quando estamos agindo mal, diria que Jesus nos puxa a orelha, diria mais ainda, que Jesus nos puxa o tapete. Muitas vezes é Deus nos chamando para a vida, como fez com Saulo. Pelo menos Saulo escutou a voz de Deus na pessoa de Jesus Cristo, parou para ouvi-Lo, isto é, foi obrigado a parar, ouviu, entendeu e acolheu a vontade de Jesus.
E você, e eu e nós, temos parado para ouvir a voz de Jesus quando caímos, ou na pressa do dia a dia nem paramos! E nem ao menos perguntamos assim como Saulo: “Que queres que eu faça Senhor?”. Está é uma pergunta chave que nós muitas vezes não fazemos depois de uma dor ou sofrimento.
Parece que até ouço Jesus sussurrar nos meus ouvidos quando lhe perguntamos isso:

“Seja meu servidor, filhinho. Não temas, eu estou contigo, cuidarei de ti e da tua família, vai, vai evangelizar, vai em missão, reze pelos teus irmãos, fazei a minha vontade, tornai a minha palavra conhecida. Eis que Eu os encorajo. Não temas!”

Trocando estas palavras em miúdos é como Jesus nos dissesse: “Filhinhos sede sal da terra e luz do mundo”.

sábado, 21 de abril de 2012

“ENTRA NA CIDADE, AÍ EU TE DIREI O QUE DEVES FAZER”...

 

Esta é uma frase que Jesus disse a Saulo e hoje nos diz também, pois Jesus não quis ver apenas Saulo convertido, Ele quer ver a cada um de nós também e por isso nos diz hoje: "Entra na cidade, aí eu te direi o que deves fazer".

Querido leitor, esta frase fala no mais profundo do meu coração. Particularmente eu te diria o que Jesus esta nos dizendo: Entra no silêncio do teu coração aí eu te direi o que deves fazer. Quando paramos um pouco as atividades corridas do dia a dia, silenciamos e entramos na profundidade de nosso coração, Deus nos fala de diversas maneiras, para cada pessoa, Ele fala de um modo diferente. Quando paramos, sentamos e conversamos com um amigo ele nos ouve, dá sua opinião e ele nos aconselha em determinados momentos da vida, e com Jesus não é diferente, é melhor ainda, pois Ele é o nosso único e verdadeiro amigo. Ele nos escuta, nos aconselha da melhor maneira possível. Você poderá se perguntar: Como e quando eu sei que é Deus falando comigo? Que não é coisa de minha cabeça? Primeiro passo para você parar e conversar com Deus, se possível é procurar um lugar tranquilo, entrar no silencio do teu quarto, ajoelhar-se e orar. Fale, fale e fale e depois silencie, e sinta o que Ele quer te falar ao coração. Mas se estivermos em lugares barulhentos, se fecharmos os olhos e invocarmos o Espírito Santo, desligarmos do barulho, dá também para ouvir Jesus, é só querer, Ele está conosco em todos os lugares.

E quando eu sentir algo diferente, uma idéia que surgiu que brotou de repente, eu posso ter certeza que vem de Deus. Como Assim? Você não orou? Não pediu a Deus? Não foi com Ele que você conversou? Então não tenha temor e nem medo, a resposta veio de Deus, pois se você esta em comunhão com Deus, quis ouvi-Lo, com certeza Ele te atenderá, no que for melhor para você. Quando você disca corretamente para falar com Pedro, com certeza não vai falar com Antonio ou José. Quando você busca falar com Deus e buscou a fonte certa, com certeza é com Ele que você falou, e Ele eficazmente responderá e atenderá.

Deus é fiel e não desampara. É este o sentido da frase: "Entra na cidade, aí eu te direi o que deves fazer".

Quando Jesus nos diz: “Aí eu te direi o que deves fazer”, implica muitas vezes em renuncia, abnegação e dedicação, com certeza diretamente ou indiretamente, como lhe parecer, Ele nos pede o mesmo que pediu a Saulo... "Eu te direi o que deves fazer".

Pare, pense um pouco, se Jesus aparecesse hoje, agora na sua frente e te dissesse: “Levanta-te! Entra na cidade, aí eu te direi o que deves fazer”, o que acha que Ele te pediria mais especificamente? Eu penso que nos pediria:

Levanta-te, vá a uma favela, leve consigo alimentos, converse, brinque com minhas crianças, fale com os marginalizados que moram nas ruas sem ter onde reclinar a cabeça, sem ter onde comer, dormir, tomar um banho, se esconder do sol, do frio, da chuva, vá até um presídio, onde meus filhos estão mofando, muitas vezes injustiçados, aos hospitais, as enfermarias consolando, leve o meu conforto e alento aos meus filhinhos doentes, tantos lugares..... Fale do meu amor e da minha misericórdia, que eles me busquem sempre, apesar das injustiças que o mundo lhes oferece. Eu faço a minha justiça sobre eles. Vão filhinhos, não tenham medo! Eis que eu os encorajo! Eu preciso de vocês!

Caro leitor, eu te convido a parar um pouquinho e fazermos esta oração, pedindo a Deus que fortaleça em nós o propósito de sermos sal da terra e luz do mundo:

Oração

Querido Deus, abre os ouvidos da nossa alma para escutarmos a tua voz e levantarmos do nosso egoísmo, da nossa comodidade e do nosso desamor. Os olhos do nosso espírito para contemplarmos a vossa face em nossos irmãos, que possamos ajudar aquele que de nós precisar. Que possamos adentrar na cidade de nosso coração, da nossa alma e do nosso espírito e aí realizarmos a tua santa vontade.

Obrigada Senhor, por tanto amor e confiança que tens para conosco, querendo nos usar como sendo sal de terra e luz do mundo.

Amém!

sábado, 7 de abril de 2012

Páscoa é Ressurreição

Música Aleluia de Handel:


É passagem, é mudança é renascer...
Passar... é sair do lugar, da rotina...
Mudar é transformar...
Trocar uma vida gasta e empoeirada por um modo de ser e de viver... diferente... novo... sublime.
Renascer é um recomeçar...
E “ser de novo”.
De aniquilar a rotina e de recomeçar...
Por isso seja de novo... nova pessoa... novo filho de Deus.
Recomece!
Agora é o tempo, é a hora...
Feliz recomeçar! Feliz libertar-se! Feliz Ressurreição com Cristo Jesus! Feliz e Santa Páscoa!

Amigos do Blog, que esta Páscoa não seja apenas mais uma data, mais uma comemoração com ovos de chocolates, almoços e passeios animados, mas seja acima de tudo celebração de vida nova em Cristo Jesus, cheia de paz, luz, saúde e muita harmonia no seio da nossa família.

Oração:

“Querido Deus, que alegria partilhar com a família e com todos os irmãos a felicidade que a Ressurreição de Cristo deixou para sempre em nossas vidas e em nossos corações. Ajuda-nos a imitar cada vez mais os gestos de seu Amado Filho Jesus Cristo. Daí-nos a graça de um eterno e constante renascer”.
Amém!

Agradeço a todos que acompanham o Blog e aproveito para desejar uma Feliz e Santa Páscoa.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Sétima e última Palavra de Jesus Cristo


Continuando a nossa meditação viajaremos na sétima e última palavra de Jesus Cristo no alto da cruz ao dar seu último suspiro.

“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23, 46)

Que palavra forte e poderosa, cheia de desprendimento e certeza de vida nova. Quando Jesus proferia estas palavras, estava vazio, desprovido de toda sua humanidade e só pensava no Pai, na glória eterna. Como vimos nas outras palavras e de uma maneira especial na sexta palavra, podemos com toda certeza proferir estas palavras, não apenas na hora derradeira, na hora da morte, mas em todas as horas que precisamos de luz, de orientação de Deus, ou seja, de um direcionamento em nossa vida.

“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”

Significa quando entregamos a Deus a nossa fraqueza, a nossa miséria, o nosso limite. É o mesmo que dizer:

- Pai eu não sei nada, eu não posso nada, sem a tua ajuda e auxílio eu não farei nada, Vinde em meu socorro!

Estas palavras têm um forte sinônimo de confiança, acreditar em Deus, mesmo quando tudo parece irremediavelmente sem solução. Aparentemente é como se ficássemos indiferentes aos nossos problemas. É porque tivemos a força e a graça do “descansar” em Deus, a hora é Dele, na hora que lhe aprouver. Ele nos estenderá a sua graça, o nosso papel é confiar e esperar.
Pense bem! Não é mais simples e fácil? Assim não sofremos tanto. Não precisamos nos matar, pensando dia e noite num problema que parece sem solução, só porque para Deus ainda não chegou a hora da graça para nós. Não é melhor esperar? Quando e como vamos resolver o que para nós parece impossível?
Humanamente nunca. Vamos resolver no exato momento em que nos abandonamos nas mãos de Deus. A cegueira espiritual é cessada no exato momento da nossa entrega e do nosso confiar em Deus. Assim tudo começa clarear em nossa mente, como uma luz lá no fundo do túnel.

“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Palavras belas e profundas.
Será que estamos aptos a pronunciá-las?

Se estivermos com o coração calmo, confiante, tranquilo e esperando em Deus e na sua hora, aí sim, estaremos aptos a pronunciar estas palavras:

- Pai, em tuas mãos entrego a minha alma, a minha vida, a minha casa, os meus filhos e os meus familiares.
- Pai, em tuas mãos entrego todas as minhas preocupações, minhas dores e minhas angústias.
- Pai, em tuas mãos eu entrego, o meu desemprego, a situação difícil pela qual tenho passado, as injustiças a qual tenho vivido, as minhas necessidades...

Deus permitiu que seu filho ficasse sepultado três dias sob o sepulcro, depois ressuscitou glorioso para o Pai Celestial. Assim também nós morremos para esta vida e ressurgiremos para a vida eterna. Nossa mente, inteligência e sabedoria não conseguem imaginar a proporção da imensa glória futura que nos há de vir, se aqui na Terra, procurarmos fazer em tudo a vontade de Deus Pai.

Oração

“Deixo todos vocês no coração amoroso de Jesus e sob o manto protetor daquela que em tudo soube fazer a vontade de Deus Pai, a Virgem Maria. E que as mãos ensanguentadas de Jesus, aquelas mãos feridas, lá na cruz, possam vir nos tocar e nos transformar verdadeiramente no mais profundo do nosso ser, alma, espírito e coração.
Sagrado Coração de Jesus, eu deposito cada leitor, dentro do Vosso Coração”.
Capa do Livro.
O que este livro tem a dizer? A resposta é simples:
Transformados Pelo Amor de Cristo contém reflexões que lembram a razão pela qual vivemos.