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Curitiba/PR, Brazil
Ministra da Eucarístia,exerce o ministério da cura e libertação. Escritora, professora e atualmente exerce a função de técnica de enfermagem com zelo e amor ao próximo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A ressurreição dos mortos

O texto de 1Cor 15 é um texto muito particular dentro do Corpus Paulino. Ele trata deste tema delicado da vida no pós-morte. Na verdade, ele tenta não só responder a alguns cristãos de Corinto, mas também faz uma sutil e primitiva catequese escatológica, ou seja, sobre os fins últimos da vida na perspectiva cristã. Alguns cristãos desta cidade rejeitavam a ressurreição dos mortos (15,12). Os gregos a consideravam como concepção grosseira, ao passo que os judeus a tinha aos poucos pressentido. Paulo, para combater o erro dos coríntios, parte da afirmação fundamental da pregação evangélica – o mistério de Cristo morto e ressuscitado – que ele desenvolve enumerando as aparições do Ressuscitado. Este tema da ressurreição dos mortos é muito caro à fé cristã; é a base da fé no Cristo Ressuscitado.

Ao morrermos, para onde iremos? O que acontecerá com nossos corpos? E nossa alma? O que nos espera depois da vida? Estas interpelações e muitas outras acompanharam muitos cristãos ao longo da concretização lenta da reflexão cristã. Não há cultura nenhuma, não há religião alguma na qual não se tenta responder a esta pergunta inquietante. No mundo ocidental, várias respostas foram dadas ao mistério da vida após a morte. Em diálogo com a filosofia e as ciências contemporâneas, a teologia cristã reafirma a revelação bíblica fundamental sobre o destino final do ser humano: a ressurreição em corpo e alma, tal como manifestada no evento histórico-escatológico da ressurreição de Jesus. O ocidente é marcado por três posições e respostas marcantes em torno destas questões, dadas pelo materialismo, espiritismo e cristianismo. Diante da morte há muita tensão e angústia, contudo, o cristianismo sempre pregou que Deus não deixará desaparecer a pessoa humana no nada. Ele ressuscitará o ser humano na morte porque o ama e porque é um Deus que quer a vida. O artigo de fé “ressurreição dos mortos” é a fé no agir exclusivo de Deus; depois de uma única vida vivida aqui na terra, este Deus transforma tudo aquilo que é ser humano, numa nova forma de existência junto com ele. Deus transforma tudo aquilo que somos numa nova forma; à esta transformação, damos o nome de ressurreição (1Cor 15,35-38). Este processo de transformação por ser iniciativa exclusiva de Deus se dará na atemporalidade (eternidade) de Deus e não no espaço e no nosso tempo. Como seres humanos que somos, estamos no tempo e no espaço; tudo pensamos e projetamos segundo estas duas principais dimensões. Com a nossa morte estas duas dimensões param de existir. A fé cristã, desde o início, acreditou que após a morte entramos numa espécie de experiências existenciais (expressão de João Paulo II), chamadas tradicionalmente de juízo, purgatório, céu, juízo final e inferno. A ressurreição só é o ato inicial de toda uma nova maneira de existir. Ela começa pela experiência de uma plena ampliação de nossa consciência; ela implica a possibilidade de uma evolução atemporal, rumo a uma personalidade em completa sintonia com os parâmetros de Deus; e ela culmina na experiência eterna daquilo que é a completa e total realização de todas as nossas potencialidades numa vida em plenitude, junto com Deus e com todos os nossos irmãos e irmãs.
Escrito por Frei André Boccato, OP

sábado, 15 de setembro de 2012

Devoção a Nossa Senhora das Dores



DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DAS DORES

> Meditação das Dores de Nossa Senhora.

Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.
A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz.

As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores
Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.

Eis as promessas:
1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
Eis as Graças:
1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.
2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.

Oração à Nossa Senhora das Dores

Ó Mãe de Jesus e nossa mãe, Senhora das Dores, nós vos contemplamos pela fé, aos pés da cruz, tendo nos braços o corpo sem vida do vosso Filho. Uma espada de dor transpassou vossa alma como predissera o velho Simeão. Vós sois a Mãe das dores. E continuais a sofrer as dores do nosso povo, porque sois Mãe companheira, peregrina e solidária.
Recolhei em vossas mãos os anseios e as angústias do povo sofrido, sem paz, sem pão, sem teto, sem direito a viver dignamente. E com vossas graças, fortalecei aqueles que lutam por transformações em nossa sociedade.
Permanecei conosco e dai-nos o vosso auxílio, para que possamos converter as lutas em vitórias e as dores em alegrias.

Rogai por nós, ó Mãe, porque não sois apenas a Mãe das dores, mas também a Senhora de todas as graças. Amém!