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Curitiba/PR, Brazil
Ministra da Eucarístia,exerce o ministério da cura e libertação. Escritora, professora e atualmente exerce a função de técnica de enfermagem com zelo e amor ao próximo.

sábado, 25 de agosto de 2012

Senhor, aumenta nossa fé!


«Aumenta a nossa fé» (Lc 17,5)

A palavra «fé» tem um duplo significado. Há, na verdade, um aspecto da fé que diz respeito aos dogmas e que consiste em concordar com uma dada verdade. Este aspecto da fé é proveitoso para a alma, segundo a palavra do Senhor: «Quem ouve a Minha palavra e crê n'Aquele que Me enviou tem a vida eterna» (Jo 5,24). [...]
Mas há um segundo aspecto da fé: é a fé que nos foi dada por Cristo como carisma, gratuitamente, como dom espiritual. «A um é dada, pela ação do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito» (1Co 12,8-9). Esta fé que nos é dada como graça pelo Espírito Santo não é pois apenas uma fé dogmática, mas tem também o poder de realizar coisas que ultrapassam as forças humanas. Quem possui essa fé dirá «a este monte: “Tira-te daí e lança-te ao mar” [...], assim acontecerá». Pois, quando alguém pronuncia esta palavra com fé «e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar» (Mc 11,23), recebe a graça da sua realização. É desta fé que foi dito: se tivésseis fé «como um grão de mostarda». Na verdade, o grão de mostarda é muito pequeno, mas tem em si uma energia fogosa; semente minúscula, desenvolve-se a ponto de estender os seus longos ramos e de até poder abrigar as aves do céu (cf Mt 13,32). Do mesmo modo, a fé realiza numa alma os maiores feitos, num piscar de olhos.
Quando está iluminada pela fé, a alma representa Deus diante de si e contempla-O tanto quanto possível. Abarca os limites do universo e, antes do fim dos tempos, já vê o julgamento e o cumprimento das promessas. Tu, portanto, possui essa fé que depende de Deus e que te leva a Ele; então receberás d'Ele essa fé que age para além das forças humanas.



domingo, 12 de agosto de 2012

Dia dos Pais

PAI, COMEÇA O COMEÇO!


Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia:
- "pai, começa o começo!".

O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos.

Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim.

Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança.

Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.

Hoje, minhas "tangerinas" são outras.

Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...

Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta.

O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado.

Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
"Pai, começa o começo!".
Ele não só "começará o começo", mas resolverá toda a situação para você.

Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso:
"Pai, começa o começo!".

sábado, 4 de agosto de 2012

Dia do Padre - 4 de agosto

João Maria Batista Vianney, padroeiro dos padres, nasceu em 08 de maio de 1786, de origem pobre e humilde. Desde a infância, manifestava uma forte inclinação à oração e um grande amor ao recolhimento.
Desde pequeno queria ser padre a todo custo, mas esbarrou em dois obstáculos: pobreza e sobretudo a escassa inteligência. Em 1813, com vinte anos, ele ingressou no seminário Santo Irineu, em Lyon.
No dia 13 de Agosto de 1815, ele foi ordenado padre, aos 29 anos de idade. No dia seguinte celebrou sua primeira Missa!
Em Janeiro de 1818 ele foi transferido para a paróquia da Aldeia de Ars-em-Dombes.
Ao chegar à cidadezinha ficou meio confuso, porque a neblina cobria as casas. O entendimento foi difícil e poucos vieram recepcioná-lo.
Ele viveu toda a sua vida dedicada a Deus. Ele repousava de 02 a 04 horas no máximo por noite. Quando acordava ia a Igreja, rezava diante do Sacrário e depois ia confessar seus paroquianos. Eram inúmeras as pessoas que vinham se confessar com ele. Ele passou a maior parte de sua vida no confessionário. Chegava a ficar 14 horas confessando os paroquianos. Como era grande o número de pessoas, ele dividiu em vários confessionários, um para mulheres outro para homens, outro para doentes, etc. Ele marcava os horários para cada um.
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars-em-Dombes para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia, mais de 80.000 por ano.
Aos 73 anos de idade, na terça-feira, 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebe a Unção dos Enfermos. Na quarta-feira, 03 de Agosto, assina seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à Paróquia. Às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir. Quando chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a cidade tinha crescido enormemente e multidões de peregrinos o acompanharam à última morada.
Seu corpo encontra-se exposto incorrupto num relicário, na Basílica construida em homenagem a Santa Filomena, atrás de sua paróquia. 
A Igreja, receara fazê-lo sacerdote, curvou-se à sua santidade. João Maria Vianney foi proclamado Venerável pelo papa Pio IX em 1872, beatificado pelo papa São Pio X em 1905, canonizado pelo papa Pio XI em 1925 e pelo mesmo foi declarado padroeiro de todos os párocos do mundo, em 1929. Esse é o Santo Cura d’Ars, cuja memória, celebramos no dia 4 de agosto.

Oração pelos Padres
Deus, nosso Pai, Senhor de todo o universo
Nós te louvamos e agradecemos pelos padres que nos deste,
e pela vida que, generosamente, entregam à tua Igreja
para que tua Palavra seja proclamada, anunciada e vivida
e o nome de Jesus seja conhecido e amado
em todos os cantos deste teu imenso mundo.
Louvor e glória, também te sejam dadas,

ainda mais pela Eucaristia, pois que, pelas mãos deles,
se faz presente o sacrifício e a ressurreição de nosso Salvador.
Que sejam abençoados todos os teus sacerdotes,

pela memória de teus gestos e de teus passos, Senhor,
pelo testemunho de discípulo e apóstolo, de missionário e servo.
Que sejam protegidos teus sacerdotes

das tentações do poder, do comodismo e do prazer,
pois que seguiram Jesus, pobre, casto e obediente,
e só a Ele ofertaram as primícias de seu coração.
Conserva-lhes a paixão e o entusiasmo de sua opção primeira,

pois o que para o mundo é rotina, contigo, Senhor,
é a fidelidade das manhãs dos novos tempos.
Fortalece neles o desejo de estudar, atualizar e aprender,

para que, abertos sempre ao teu Santo Espírito,
sirvam com prontidão, coragem, sabedoria e humildade.
Aumenta-lhes a paciência na pressa dos dias e na impaciência dos irmãos,

assim como a ternura com as crianças, os idosos e os doentes.
Que eles sejam sempre acolhedores e compreensivos,

pois também são pais e refletem a tua própria paternidade, Senhor.
Que como pais, sejam por nós amados, amparados e acolhidos.

E que sejam tão alegres, porque tão felizes e realizados,
que a todo instante te louvem e glorifiquem,
inspirando em muitos o desejo de abandonar as barcas e
seguir Jesus, teu Filho amado, razão maior de nosso viver.
Que assim seja, segundo a tua santa vontade.